sexta-feira, 19 de julho de 2013

ESCOVAS PROGRESSIVAS

Segundo um ditado popular, os santos protetores dos cabeleireiros são muito poderosos, uma vez que seus clientes, normalmente as mulheres, estão sempre insatisfeitos com seus cabelos, querendo modificá-los. Nessa linha, os cabelos lisos assumem a dianteira, com argumentos variados, como: “é muito mais fácil de pentear”, “fica mais bonito” etc. Daí a procura por tratamentos que deixem as madeixas alisadas ser a meta dos profissionais do cabelo.

O formato da haste capilar é determinado geneticamente e os tipos denominados caucasianos, mongoloides ou negroides devem-se a distribuição da queratina dentro do córtex do fio, sendo que a mais uniforme leva ao fio liso e grosso das pessoas asiáticas ou dos nossos indígenas. A queratina que é distribuída levemente nas bordas da circunferência leva aos cabelos das pessoas da raça branca; e a última que forma praticamente uma elipse dá o formato do cabelo afro.

Para mudarmos a forma dos cabelos temos de alterar a distribuição de queratina, que é mantida em determinado formato pelas pontes químicas, especialmente as de enxofre, difíceis de serem quebradas. Para isto, é necessário abrir a cutícula do fio, aplicar o produto químico que vai desestruturar esse arranjo e depois refazer o fio na forma desejada. Esse processo, que um tempo atrás era chamado de permanente, consiste em fazer cachos em cabelos lisos. O processo inverso, o alisamento, nada mais é do fazer que esse arranjo em forma de linha reta.

O desafio que se coloca é o tempo. A maioria desses procedimentos dura muito pouco e tem de ser repetido com frequência, o que danifica a haste.

A escova progressiva é um método de alisamento do cabelo que, se não foi inventado no Brasil, pelo menos aqui teve seu desenvolvimento máximo e o país exporta essa técnica.

É indicada para pessoas que têm cabelo encaracolado ou ondulado e não é indicada para cabelos excessivamente enrolados, como os dos afrodescendentes. A escova progressiva é mais eficaz em cabelos sem tratamentos químicos. Afirma-se que a escova progressiva ajuda a reparar o cabelo, uma vez que, na maioria das técnicas, a queratina está envolvida no processo.

Os efeitos da escova progressiva duram geralmente de dois a três meses, dependendo da porosidade do cabelo antes de o tratamento ser feito. O procedimento pode ser realizado em quase todos os tipos de cabelo, durando cerca de duas horas.
Para efeito didático, enumerei a seguir os passos que a maioria dos profissionais segue ao fazer uma escova progressiva.

1. Lavar o cabelo com shampoo, sem usar condicionador.

2. Separar o cabelo em quatro seções.

3. Aplicar o produto na raiz e pentear os fios de forma a espalhar o produto por todo o cabelo.

4. Fazer uma sessão por vez. Quando o produto tiver sido aplicado em todo o cabelo, secá-lo com secador, de trás para frente.

5. Aplicar calor (chapinha) em cada sessão.

Depois de fazer a escova progressiva, não se deve lavar o cabelo durante quatro dias. Também não se deve usar qualquer tipo de produto nos cabelos, especialmente shampoos que contenham cloreto de sódio, pois isso poderia destruir mais facilmente a camada criada com a queratina. Se o cabelo ficar molhado ou úmido no decorrer desses quatro dias, deve-se secá-lo imediatamente com secador.

No mercado existem várias marcas e muitos nomes associados a frutas, a chocolates, ao leite, a óleos e a outros adereços que foram incorporados aos produtos com intenções de marketing, mas os princípios ativos que realmente fazem o efeito de alisamento basicamente são os mesmos. Os ativos mais encontrados nos produtos são os tioglicolatos, a guanidina e a acetamida. Novas tecnologias, com a mesma finalidade, vêm sendo introduzidas no mercado, e a cada dia uma novidade aparece.

Por uma questão financeira, o formol acabou sendo introduzido nesse campo. Essa substância não faz exatamente a mesma coisa que os outros produtos, mas seu custo é muito menor que o destes. Visando promover a saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que o formol pode ser cancerígeno, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil, libera seu uso apenas como conservante até 0,2% e como endurecedor de unhas até 5%. Para ter efeito de alisante capilar, chega-se a usar o formou em até 35% de concentração, o que é terminantemente proibido!


O importante é ficar atento aos movimentos do mercado e verificar sempre a origem dos produtos e a bibliografia indicada pelos fabricantes e distribuidores.

O IDEAL É FAZER PROGRESSIVAS USANDO TRICOTERAPICOS NATURAIS.
O RESULTADO É SURPREENDENTE.

Um comentário:

Marli Paulino disse...

Alizar e fazer reposição de proteínas ao mesmo tempo é uma revolução, em tempos tão difíceis em que reinam os conservante e a MÁ EDUCAÇÃO E FALTA DE CONHECIMENTO... Acredito em um milagre da vida saudável para os cabelos!!!